A infecção do trato urinário é uma das causas mais comuns de complicações perinatais, chegando a acometer até 8% das gestantes.
Essas infecções podem se apresentar como bacteriúria assintomática, cistite a mais séria de todas elas a pielonefrite.
A E. coli é a bactéria de maior prevalência, responsável pela maioria das infecções.
A ITU tem sido associada a complicações durante a gestação como partos prematuros e baixo peso ao nascer. E complicações graves advindas de pielonefrites também podem ocorrer como sepse, coagulação intravascular disseminada e Síndrome de Angustia Respiratória Aguda.
A classificação em gestantes é exatamente a mesma do que a população em geral, variando de bacteriúria assintomática, quando a gestante não apresenta nenhum sintoma, mas tem a bactéria presente na cultura de urina, a cistite aguda com aqueles sintomas frequentes de dor ao urinar, aumento da frequência e urgência e a pielonefrite, mais comum no segundo trimestre e é a maior causa de internação de gestantes nesse período.
Qual a principal diferença que temos que ficar atentos nas gestantes?
É justamente a bacteriúria assintomática.
Sempre foi consenso que as gestantes devem coletar urinocultura logo nas primeiras consultas, visando a prevenção da pielonefrite durante a gestação.
Porém os estudos que promoviam o suporte para essa prática são muito antigos, da década de 60 e 70. Estudos mais atuais não oferecem tantas evidências, que essa prática diminua a incidência de pielonefrite durante a gestação. Porém no Guideline liberado esse ano pelo Colégio Americano de GO a recomendação de coletar a cultura e realizar o tratamento de bacteriúria assintomática, ainda foi mantida.
Mas ainda existe uma questão controversa: Em caso do exame negativo, qual seria a periodicidade de acompanhamento.
Possivelmente em alguns anos, essa recomendação será abandonada.
Assim torna-se imprescindível o acompanhamento com um médico que te conheça e que avaliará os seus riscos de forma individualizada, assim como o tratamento específico.
Quer que eu chame uma obstetra e uma especialista em cuidados intensivos de gestantes para falar mais sobre esse assunto?
Escreve aqui para mim!
Link do guideline citado no vídeo:
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DRA. RENATA BERANGER
MÉDICA INFECTOLOGISTA
CRM 52.71730-4
RQE 36746
