Ontem, o Rio de Janeiro foi palco de um show icônico de Madonna. Além de ser uma superestrela da música pop, ela tem um papel significativo na luta contra o HIV. Não apenas contra o vírus, mas contra o preconceito que, por vezes, pode ser mais prejudicial que a própria doença.

Em 1981, quando o primeiro caso de AIDS foi diagnosticado nos EUA, eu tinha apenas três anos. A demora em responder às questões essenciais e o preconceito direcionado principalmente aos jovens gays marcaram o início trágico da epidemia. Termos como “peste gay” ou “câncer gay” eram frequentemente usados na mídia, reforçando o estigma e transmitindo a falsa ideia de que a AIDS era um problema exclusivo da comunidade gay.

Madonna foi uma das primeiras artistas a ajudar a desestigmatizar a doença. Em 1989, ela incluiu uma cartilha sobre AIDS no álbum “Like a Prayer”, comunicando que a AIDS pode afetar qualquer pessoa, independentemente de raça, idade ou orientação sexual. O folheto educativo destacava a importância do uso de camisinha e a realidade de que o HIV não escolhe suas vítimas.

Além de suas músicas, Madonna também abordou temas como perda na infância, abuso e direitos das mulheres. Seu álbum “Erotica”, lançado em 1992, foi um manifesto sobre a importância do sexo seguro em tempos de medo generalizado do HIV.

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DRA. RENATA BERANGER
MÉDICA INFECTOLOGISTA
CRM 52.71730-4
RQE 36746

Atualmente, em sua turnê “The Celebration Tour”, Madonna homenageia as vítimas da AIDS. No palco, um mural exibe rostos de pessoas que morreram devido à doença, reforçando a mensagem de que ainda enfrentamos preconceitos.

Com o avanço da terapia antirretroviral, a expectativa de vida de uma pessoa com HIV pode ser a mesma de alguém que não tem o vírus. Apesar disso, ainda perdemos muitas vidas anualmente, não apenas para o vírus, mas também devido ao estigma associado.

Encorajo a todos: não tenham vergonha, busquem atendimento médico, façam o teste e saibam que há tratamento e vida após o diagnóstico de HIV.