Nos EUA, foi registrado o primeiro caso de uma possível infecção com transmissão sexual por um fungo raro. Um paciente de 30 anos, após viagens à Inglaterra, Grécia e Califórnia, apresentou lesões na região inguinal, glútea e pernas, com coloração avermelhada e extrema coceira. O caso foi publicado no JAMA Dermatology.
Essa infecção fúngica é chamada de dermatofitose. Esses fungos se alimentam da queratina presente na nossa pele e podem ser transmitidos entre humanos, animais e materiais contaminados. Dependendo da área afetada, os sintomas podem variar, resultando em diferentes quadros clínicos, como: Tinea corporis (corpo), Tinea pedis (pés), onicomicose (unhas), Tinea capitis (couro cabeludo), Tinea cruris (dobra da virilha) e, raramente, Tinea genitalis/pubogenitalis (região genital).
Os exames revelaram a presença do fungo Trichophyton mentagrophytes tipo VII, identificado pela primeira vez nos EUA. No ano passado, 13 pessoas foram diagnosticadas na França com o mesmo fungo, 12 delas homens que fazem sexo com outros homens.
O paciente americano passou por quatro meses e meio de tratamento com antifúngicos orais como fluconazol, terbinafina e itraconazol, até atingir a cura completa. A infecção, provavelmente transmitida por contato sexual, pode ter sido adquirida em uma sauna visitada dois meses antes dos sintomas. Os parceiros sexuais do paciente não apresentavam sinais de micose.
Embora não seja fatal, a dermatofitose pode deixar cicatrizes permanentes. Para prevenção, é essencial manter uma boa higiene íntima e evitar a contaminação em banheiros públicos, balneários, piscinas públicas e academias, usando roupas e sapatos adequados. No verão, evite permanecer com roupas úmidas por períodos prolongados.
Assista ao vídeo completo para saber mais detalhes sobre esse caso raro e como se proteger!
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DRA. RENATA BERANGER
MÉDICA INFECTOLOGISTA
CRM 52.71730-4
RQE 36746